sexta-feira, 7 de outubro de 2011

nozes


sobre o quê? talvez, o quê? já não mais era ela mesma. ou aquela que teria querido ser algum dia.

negativo, nunca quisera ter sido “alguém”. não mesmo. experimentava naquele momento uma propulsão, uma tal forma de existir que chegava a se assustar com a capacidade de destituir importância de tudo. jogar o holofote em algo? necas. nada valia. manteve uma relação incestuosa com ela mesma.
batiam 25 horas quando colocava os pés fora daquele lugar, e no seu mundo, nos sete dias da semana existia um oitavo, onde respirava em paz. jogou-se em uma pista mais submersa, onde dançava embalada por uma canção sem som. 
lembrou deles.
olhos fechados, suor a desintegrar-lhe, uma silhueta a expectar a ação descontínua do bater de seus ossos. táttáttáttátt.
vãos ruídos onde nos perdemos.

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